Olhares sobre o problema
Relatos e opiniões acerca do problema:
A propósito da acção do estado: «Uma pessoa diz para a outra: - “Já resolvi o problema das térmitas na minha casa.” - “Como é que foi, que eu também queria resolver?, pergunta a outra. - “Eu vendi a casa. Passei o problema para outro! Não é assim que se resolvem os problemas?!”» (engenheiro, proprietário de imóvel sem térmitas, AH) |
«O que me pareceu mais grave foi a atitude dos poderes públicos, da Câmara Municipal e do Governo... Neste caso, directamente da Cãmara. Fui à Câmara saber onde é que punha as madeiras que estava a tirar daqui [obra de substituição de madeiras infestadas] e se não tinham de ser queimadas. Disseram-me: - “Ah, pois, acho muito bem que o senhor queime!” - “Eu, queimar?”, retorqui - “Eu não posso, não tenho sítio para queimar. Acho que isto é um assunto que é minimamente da vossa conta, não é!?” - “Ah, o senhor que mande para a lixeira, que a gente vai mandar queimar.” Eu nem sequer tive vontade de ir ver se tinha sido queimada ou o que é que lhe tinha acontecido, porque como não procederam a nenhum registo, naturalmente não fizeram nada, não é?! ... Eles não sabiam de nada, não sabiam...e continua assim!» (engenheiro, proprietário de imóvel infestado, PDL) |
«Eu acredito que o governo vai agir, não por acreditar nos políticos, mas porque infelizmente o problema o vai exigir! (doméstica, arrendatária de imóvel infestado, AH) |
A propósito da infestação:
«As térmitas é, como eu costumo dizer, uma doença crónica. Tem de se tratar sempre! Não podemos baixar os braços!»
(engenheiro, proprietário de imóvel infestado, PDL) |
«A minha filha também teve [térmitas] num móvel que veio de casa da minha sogra. (...) Eu, bom, naquela porta que dá ali para um balcão... nem me lembrei. Nas obras lá de cima, os barrotes foram atirados para o pátio e ficou uma pilha encostada ali... eu nem me lembrei... No ano seguinte, lá apareceram elas na porta e tive de fazer uma porta nova.
(engenheiro, proprietário de imóvel infestado, PDL) |
«Estou a ser expulsa da minha casa lentamente. Agora, com o estado em que está o sotão, já tirámos tudo das falsas. Está a ver isso aí tudo amontoado na sala? Era de lá. Não tenho outro sítio. E também já não deixo as minhas filhas dormirem no seu quarto. Tenho medo que lhes caia em cima alguma coisa. Não sei o que hei-de fazer, não tenho posssibilidades de mandar refazer isto tudo, não tenho... mas já não tenho descanso!
(doméstica, proprietária de imóvel infestado, AH) |
«Santa térmita,... que muito trabalho me tem dado!» (mestre da construção civil, AH) |
«Térmitas?, não nunca ouvi falar... muito menos nas obras.» (pedreiro, AH) |