Notícias
Presença de térmitas confirmada na ilha do Pico
Foi confirmada a presença da praga de térmita de madeira seca (Cryptotermes brevis) na ilha do Pico, mais concretamente no concelho das Lajes.
No âmbito do Projecto TERMODISP – “A térmita de madeira seca Cryptotermes brevis (Walker) nos Açores: Monitorização dos vôos de dispersão e prevenção da colonização”, financiado pela DRCT-C, a Equipa de Monitorização e Controlo das Térmitas nos Açores (EMCTA), liderada pelo Professor Paulo Borges da Universidade dos Açores, deslocou-se à ilha do Pico, entre os dias 15 e 23 de Fevereiro passado, com o intuíto de procurar indícios da praga na ilha, mas também alertar a população para o problema, de modo a que, se o mesmo surgir, sejam tomadas as correctas medidas de prevenção e controlo. Os trabalhos nesta ilha consistiram em realizar sessões públicas de esclarecimento sobre a temática das térmitas, em cada uma das sedes de concelho, mas também realizar vistorias aleatoriamente em vários edifícios. Após inspecção a 98 edifícios não foi encontrado qualquer vestígio da presença de térmitas na ilha.
No entanto, o despertar da população do Pico para o problema surtiu efeito, dado que a equipa (EMCTA) tem recebido na Universidade algumas amostras de insectos e produção orgânica para análise, provenientes de habitações da ilha. Neste sentido a colaboração das Câmaras Municipais tem sido fundamental.
Após a análise feita à última amostra recebida confirmou-se a infestação pela térmita de madeira seca numa habitação localizada no concelho das Lajes do Pico. Segue-se agora nova visita a esta ilha, de modo a tentar perceber a origem da infestação, bem como averiguar a presença de térmitas em edifícios próximos ao foco detectado. Iniciar-se-á também um processo de monitorização e controlo da praga, à semelhança do que se tem feito nos últimos dois anos nas ilhas Terceira, São Miguel, Faial, São Jorge e Santa Maria. Recorde-se que atá à data a presença da praga de térmita de madeira seca estava confirmada apenas nestas cinco ilhas, não se tendo confirmado a presença da mesma na ilha Graciosa.
A procura de indícios da praga continua entre os dias 18 e 25 de Março nas ilhas do Corvo e Flores.