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Press Release - Monitorização da espécie de térmita de madeira seca C. brevis no arquipélago dos Açores (2010-2014)

Monitorização da espécie de térmita de madeira seca C. brevis no arquipélago dos Açores (2010-2014)

 

A térmita de madeira seca das Índias Ocidentais Cryptotermes brevis (Walker) está confirmada para seis das nove ilhas que constituem o arquipélago, tendo a espécie sido identificada pela primeira vez nos Açores no ano de 2000.

Armadilha com vários alados capturados

O controlo e monitorização da praga foram iniciados em 2009 na cidade de Angra do Heroísmo através da colocação de armadilhas colantes em edifícios afectados, nas diversas ruas da cidade. A partir de 2010, a monitorização estendeu-se aos vários pontos afectados e actualmente é realizada nas Ilhas do Pico, Faial, S. Jorge, Terceira, Santa Maria e S. Miguel com o apoio financeiro da Direcção Regional da Ciência e Tecnologia entre 2010 e 2012 e da Direcção Regional do Ambiente nos anos de 2014 e 2015, e apoio logístico das Câmaras Municipais de Vila doPorto (S. Maria), Ponta Delgada (S. Miguel), Angra do Heroísmo (Terceira), Lajes (Pico), Calheta (S. Jorge) e Horta (Faial).

As grandes conclusões resultantes deste estudo a longo prazo são por agora:

1) As populações das zonas afectadas estão mais sensibilizadas para a temática e estão a colaborar mais no processo de monitorização;

2) A área infestada nas cidades de Ponta Delgada, Horta e Angra do Heroísmo  tem vindo a aumentar com a inclusão de habitações fora do perímetro urbano central, o que parece indicar a dispersão da praga através de móveis durantes os últimos anos;

3) As zonas mais afectadas pela praga são as cidades de Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, nomeadamente nas zonas centrais e mais antigas das cidades. Em ambas as cidades existe, ao longo dos anos de monitorização, um aumento das capturas de térmitas aladas e da área de risco elevado de infestação, sendo que, essa área é bastante mais significativa em Angra do Heroísmo.

4) Os restantes locais afectados mantêm-se aparentemente estáveis, no entanto com números de capturas de alados consideráveis. Nas zonas onde a área de dispersão é ainda reduzida deverão ser realizadas operações de erradicação. Estas são:  a) Calheta na ilha de S. Jorge; b) Calheta do Nesquim na ilha do Pico; c) Vila do Porto na ilha de Santa Maria.

5) Com o apoio da Direcção regional dos Ambiente, neste ano de 2015 pretende-se formar técnicos das várias Câmaras Municipais para a monitorização das térmitas a longo prazo nos Açores e estebelecer prioridades para a erradicação em zonas onde esta seja possível tecnicamente.


Mapa do risco de infestação na cidade de Ponta Delgada


Mapa do risco de infestação na cidade da Horta


Mapa do risco de infestação na cidade de Angra do Heroísmo


Publicado a, 25 de Agosto de 2015. Fonte: Grupo da Biodiversidade dos Açores

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AGRADECIMENTOS:
A todos os cidadãos entrevistados no âmbito deste projecto;
A Enésima Mendonça, Nuno Gonçalves, Paulo Cristóvão, Pedro Cardoso e Timothy Myles pelas fotografias cedidas;
A todos os que testaram esta página contribuindo com valiosas sugestões;
À Direcção Regional da Ciência e Tecnologia pelo financiamento do Projecto "TERMIPAR".
drct BioDiversidade Cita
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